Prelúdio de um Sonho - Foto: Guilherme MeneghelliChega de coisas prontas, findadas, acabadas.
Chega de rótulos embalados em velhas histórias, antigos programas de televisão transmitindo a desinformação em horário nobre. Chega de risos de domingo e que se vá também os confortos de segunda-feira.
Que venha o inverno, o frio, a chuva e a fome, que as manifestações tragam os desejos da juventude que há em todos nós, o povo.
Violência, que assim seja e amém! se preciso for, que tomem medidas drásticas, derrubem muros e não tenham medo, afinal, o medo é uma forma de compreender.
Que venha o desentendimento, que se vá a aparência e a excência e que fiquem o presente, as pessoas, as artes, o absurdo!
Um pouco de inacabado é sempre bom, é doce. Nada está como é e pronto nunca será. O pronto é um estado frustrado, porque mesmo inanimado sabe que nunca vai existir como algo pronto.
Estamos, é certo, em constante mudança, e que não compreendam isso também, afinal, quem não entende nada muito cria, muito vive e pouco conquista além da liberdade.
Compreendam que compreender escraviza, assim, que vivam, desfrutem dos amigos, dos amores-momentos, dos sobores-alvéolos e também do tempo-sabores.
Nobres as reticências de textos inacabados, sempre dispostos a serem...