Um dia torrencial e as letras pareciam cair. Eu no canto do livro, bem abaixo do número da página, que também já pendia, tentava me proteger de toda aquela inundação, palavras e mais palavras caiam em blocos, algumas letras se despedaçavam e na minha cabeça ecoava muita indignação de como alguém poderia permitir que chegasse a esse ponto, e chegou, visto então que foi permitido. As letras insustentáveis, de repente cai a "REVOLUÇÃO" e foi o suficiente pra sucitar a minha ira.
Caí na chuva pra esparecer o sobre o que ocorria e levei várias palvras na cabeça, mas continuei íntegro, visto a queda da REVOLUÇÃO fui refletir e procurar pela EXPRESSÃO e CRIATIVIDADE para que pudessemos reconstruir a dita da queda e continuarmos os próprios humanos inventivos.
Tanto procurei que acabei por encontrar - num derradeiro caminho entre os escombros literários - algumas letras ainda intactas, formações criativas dos inimagináveis HUMANOS, todas as letras em maiúsculo, com muito esforço, eu e mais alguns que encontrei pelo caminho, levantamos e formamos agora uma palavra não mais num contexto geral, mas sim como direção desse contexto, agora REVOLUÇÃO é o título desse livro esmiuçado pela devastadora individualidade que acabou por segregar a quase todos.
Sobramos nós nessa história, os unidos. Temos agora a chance de escrever uma outra história para o decorrer da história!
Texto escrito em Março de 2004
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