Não é muito brilhante a história dos parlamentos em nosso país: extremamente seletivo, no império, tutelado, pressionado e fechado pelo imperador, nestes 117 anos de história de República Indecisa não há, lamentavelmente, muitas páginas brilhantes a registrar.
Nesta "Nova República" dada à luz por Tancredo e Ulisses, pelo interesse multinacional e pelo povo brasileiro, vamos passando já, há bastante tempo, a linha do tolerável ou do admissível: na visão popular, não muito distante da verdade, o Congresso Nacional é um espaço em que "tubarões" da vida brasileira, negociam despudoradamente o futuro do povo e da nação, sempre a preço vil e desproporcionado, sob a égide da má-fé e da mediocridade, aprovando exclusivamente projetos lesivos a seus legítimos interesses.
As sucessivas, alternadas e clamorosas rodadas de denúncias de propina, suborno e corrupção passiva, alavancadas ora por estas, ora por aquelas forças políticas, têm servido apenas para reforçar esta percepção e esta convicção.
Forças nada democráticas, na prática têm governado o país justamente através do suborno, do uso abusivo e destrutivo dos meios de comunicação de massa e a "novidade" é a chantagem militar introduzida com a chegada de tropas norte-americanas ao Paraguai.
Uma política macro-econômica que transfere este ano cerca 180 bilhões de reais ao rentistas/banqueiros mantem o país de joelhos, incapaz de investir, de crescer, de empregar, de prosperar, sem que o parlamento se posicione, senão pela cumplicidade e pela omissão.
O único sistema digital inauditável e "à prova" de recontagens eleitorais existente no planeta foi implantado e funciona no país sem que o parlamento tenha se posicionado, mais uma vez, senão para aprová-lo.
Mas ainda há mais e pior: o parlamento tem se calado diante de magistrados que se excedem na interpretação das leis e da constituição e mandam sejam cumpridos contratos firmados em circunstâncias irregulares, lesivas, fraudulentas, abrindo mão nisso, o parlamento, de sua capacidade e de seu poder de legislar, o que vai nos conduzindo a uma acelerada supressão deste estado de direito tão frágil, tão imperfeito, que com tanta luta e tanto sofrimento tratamos de restabelecer quando nos livramos finalmente da "ditadura militar", obra sinistra do interesse multinacional, maquiavélicamente descontinuada para dar lugar a esta cilada ético-sócio-política em que nos debatemos a mais de vinte anos, enquanto a nação, o povo e o estado brasileiro são esquartejados num banquete graciosamente servido à oligarquia banqueira internacional e a seus sequazes locais.
Reagirá o parlamento? Ajudará a dar na scimento à nova aliança política capaz de dar cobro e fim a este estado exasperante e desesperador de coisas em que nos encontramos?
Ou se deixará mansamente afundar na lama do arbítrio e do sinistro projeto internacional hoje em andamento em nosso país?
Texto de Editor Polêmica - [email protected]
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