A chuva está para a floresta assim como o absurdo está para a humanidade. Eis aqui o por que a loucura se faz necessária no nossos dias, somos devaneios ambulantes e sonolentos, passamos a vida feito rodo-cotidiano, sem nada de mais, nada de menos, apenas mais ou menos uma história para contar.
A vida é muito mais que isso, há muito mais intensidade para viver, aliás, viver é bem diferente de sobreviver, viver é fazer mais do que lutar pelo pão e leite, viver é lutar sim, mas pelos sonhos, amigos e amores, pesadelos, fantasias e atores.
Vivo na certeza de que só existe uma coisa e essa coisa é o tudo e o nada, simplificando, é o movimento maravilhoso que compõe a existência em um óbvio sistema plasmático - EUREKA! - fazemos parte de um todo, compomos um sistema que não é bem um organismo e sim uma simplória bacia d'água, onde gotas de tintas são lançadas, fazendo uma história de cores, essas surgem e transformam-se no toque inevitável e magnífico de todos, determinado por diversas situações que parecem mais um sistema caótico de poesia e aleatoriedade.
A mistura das cores se dá e me faz enxergar a responsabilidade dos nossos atos, afinal, o nosso próximo passo-palavra-movimento determinará uma série de cores, digo, fatos que, certamente, mudarão mais uma vez o rumo da história, inverso à isso seria o não-fluxo das cores na bácia, do rio de Heráclito, o que mais se aproxima disso é o fatídico cotidiano, mas mesmo assim, se não forem artistas a quebrar a zona de conforto outros animais o farão por nós e perceberemos que algo de absurdo estará acontecendo.
Somos vitais um para o outro, o absurdo, a tinta, a floresta, a bacia, a humanidade e a poesia.
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