Prelúdio de um Sonho - Foto: Guilherme Meneghelli
Chega de coisas prontas, findadas, acabadas.
Chega de rótulos embalados em velhas histórias, antigos programas de televisão transmitindo a desinformação em horário nobre. Chega de risos de domingo e que se vá também os confortos de segunda-feira.
Que venha o inverno, o frio, a chuva e a fome, que as manifestações tragam os desejos da juventude que há em todos nós, o povo.
Violência, que assim seja e amém! se preciso for, que tomem medidas drásticas, derrubem muros e não tenham medo, afinal, o medo é uma forma de compreender.
Que venha o desentendimento, que se vá a aparência e a excência e que fiquem o presente, as pessoas, as artes, o absurdo!
Um pouco de inacabado é sempre bom, é doce. Nada está como é e pronto nunca será. O pronto é um estado frustrado, porque mesmo inanimado sabe que nunca vai existir como algo pronto.
Estamos, é certo, em constante mudança, e que não compreendam isso também, afinal, quem não entende nada muito cria, muito vive e pouco conquista além da liberdade.
Compreendam que compreender escraviza, assim, que vivam, desfrutem dos amigos, dos amores-momentos, dos sobores-alvéolos e também do tempo-sabores.
Nobres as reticências de textos inacabados, sempre dispostos a serem...
4 COMENTÁRIO(S):
Ah! me chamo Fabiana, sou de Recife mas fazem 14 anos que moro na Inglaterra. Olha la, meu bloguinho e sem acento grafico e sem pretensao nenhuma. E so conversa de 'cumadres'.
Dada sua permissao voltarei sempre pra comentar. De resto me interessa muito politica, Pierre Verge e Bresson.
abraco.
A vida é inacabada, a morte nao acaba, a arvore nao pára, o jabuti nao pára, o vento não pára...
...a tia Maria não pára! Ela pegou uma bursite, ficou uma semana no hospital. Recebeu visita de todos os médicos. Eles vinham só para falar com ela. Conheciam seu trabalho. Ela teria alta na segunda que vem, mas recebeu um convite para conversar com os jovens da UNIVALI e "fugiu" mais cedo. Pegou o ônibus do hospital direto pro evento. Dos mais de 500 alunos de design, 6 pessoas esperavam por ela no local. quando ela apareceu e virão que não chegaria mais ninguém. saíram 3. restou eu e um colega que, lógico, não saiu pra não me deixar sozinho, além da diretora da UNE, que foi lá pra divulgar o CUCA. Alunos passavam ao redor da sala, perambulando pela universidade sem propósito. Tivemos a idéia quase genial de sentar no corredor. Assim juntaram-se a nós mais uns 10. Conversamos um pouco. Eu via as palavras saindo da boca dela e escapando no vento gelado e queria guardar num saco pra mostrar aos meus colegas que não compareceram.
Mas as palavras dela não acabam, as diferenças não acabam, igorantes não acabam, medíocres, acomodados... também não acabam militantes, revolucionários e artistas.
Não só os textos, a gente também...
;-)
Postar um comentário
<< Voltar