Com seu jeitinho brasileiro, a luz também tem sua ginga, sua malícia e ironia. São dos tons desse país amargo, alegre e saboroso que surge a franca imagem de um povo guerreiro, que vive alegre seus problemas, tristes suas incertezas e indiferente ao seu jeito talvez de ser.
O Brasil é um prato cheio quando falamos de fotografia, pois, através da manifestação de sua luz obtemos sua imagem cheia de vida.
Prova de sua indignação é a luz que não se cala, os ouvidos que não se fecham e as mãos que fotografam, assim, a arte toma corpo social, torna-se arte social, arte com finalidade de repensar, discutir e propor uma nova sociedade.
O Manifesto da Luz é composto de luz manifestada, inquieta, a qual atravessou o tempo, o espaço e os questionamentos, sendo colocadas à disposição do início, do fim e do meio.
(Epílogo)
Ao país, o seu povo e à nação, sua inquietação. O Brasil mostra seu sorriso e seu olhar através de cada brasileiro, através de cada um que faz o seu tempero, que faz dessa nação prato típico na culinária internacional da fotografia. Com seus olhos verdes e castanhos, com sua pele clara e morena, o Brasil vai de norte a sul e se mistura, faz olho verde em pele morena, olho castanho em pele clara, faz de seu povo singular, de seu jeito de viver uma abstração no mundo da compreensão, porque, afinal, mesmo com tantos problemas o Brasil continua tendo os seus milhões de brasileiros.